
Olá, como têm passado? Espero que muito bem!
Nosso dia das mães de 2025 foi meio triste, porque tanto a minha mãe quanto a minha sogra partiram desse mundo antes do evento. As duas se foram, aliás, com poucos dias de distância, a primeira no início de fevereiro passado, e a outra, no meio de março.
Mas eu também sou mãe e - como disse uma sobrinha minha, que tem uma filha pequena - a gente tem de prosseguir, porque a vida continua. E porque já há outra geração experimentando as próprias vivências, no tempo presente. E somos nós que estamos a criar as memórias que esta geração haverá de guardar.
Então eu fiz este bolinho de nozes (coberto com chantilly, dessa vez). E preparei uns bombons, porque ainda estou na vibe de fazer chocolates, rsrs.
E, de compra, tivemos docinhos e bolacha, esta com alusão à data
e tivemos cartões, feitos por Lili
e uma cestinha, montada por mim, com alguns dos presentes recebidos
e entre eles havia livros... presentes que sempre estiverem entre os favoritos
A questão do tempo
Eu sempre fui fascinada pela questão do tempo. E logo cedo, refletindo sobre ele, vi que é o grande controlador da vida na Terra. Tudo nesse mundo obedece aos ditames do tempo. Tudo nasce, cresce e morre, de acordo com o que é estabelecido pelo tempo. A nossa vida é constituída de blocozinhos de tempo: horas, dias, meses...
O que se diz sobre o tempo é que ele não é só uma medida de duração, é um aspecto fundamental da vida na Terra. O tempo organiza os acontecimentos. Sem ele, não haveria passado, presente, futuro. E sequer entenderíamos a relação de causa e efeito. E, por tudo isso, o tempo é, com certeza,
um dos mais preciosos bens da vida, razão pela qual deveria ser usado com
sabedoria.
Então, deveríamos viver o momento presente de forma consciente, intencional e cuidadosa. Deveríamos também desfrutar das belezas e maravilhas da vida, que é uma das partes mais gloriosas da existência. Mas sem descuidar dos deveres essenciais, que são: cuidar de nós mesmos; cuidar da família e dos que estão em volta (e distantes também, se for possível). E tentar, pelo menos, ser uma presença positiva no mundo. E, é claro, fazer tudo isso de forma ética.
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Muitos anos atrás, eu enviei o poema abaixo a um tio do meu marido, que era então, presbítero numa igreja. Deixo-o aí, para a apreciação de vocês.
O tempo e a conta
(Frei Antonio das Chagas: 1631-1682)
Deus pede hoje estrita conta do meu tempo.
E eu vou, do meu tempo dar-Lhe conta.
Mas como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para ter minha conta feita a tempo
O tempo me foi dado e não fiz conta.
Não quis, tendo tempo fazer conta,
Hoje quero fazer conta e não há tempo.
Oh! Vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo de vossa conta.
Pois aqueles que sem conta gastam tempo,
Quando o tempo chegar de prestar conta,
Chorarão, como eu, o não ter tempo.
E é só para o momento. Até breve!